16/12/2014 22:47
A Abigraf Nacional apresentou, hoje (16/12), os resultados do setor no terceiro trimestre, a projeção para o fechamento de 2014 e as expectativas para o próximo ano. A coletiva aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De acordo com o estudo, a indústria gráfica cresceu 7,5% no terceiro trimestre desse ano – descontado o padrão sazonal – em relação aos três meses anteriores. No mesmo período, a indústria de transformação, na qual o setor gráfico se insere, recuou 5,1%. Além disso, o desempenho superou em 6,9% a produção gráfica de julho a setembro de 2013. Mas os bons resultados não reverteram a expectativa de fechar 2014 com queda de 1,7% em comparação a 2013. De acordo com os cálculos do Departamento Econômico da Abigraf, baseados na Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado do ano houve queda de 1,6% na produção e o setor tende a sofrer mais recuo em 2015, podendo chegar a 1,1%. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a indústria de transformação deve cair 2,3% nesse ano e crescer 1,3% no ano que vem.
Para o presidente da Abigraf Nacional, Levi Ceregato, esses fatores pontuais não autorizam otimismos diante do quadro econômico geral, com retomada do ciclo de alta de juros pelo Banco Central, enfraquecimento do consumo e aumento da inadimplência nas empresas. “No curto prazo, a alta do dólar também exerce efeito negativo, embora possa tornar nossos preços mais competitivos adiante, desde que o controle dos gastos públicos não exerça pressões inflacionárias sobre o câmbio”, diz ele. A indústria gráfica deve totalizar US$ 908 milhões de investimento em máquinas e equipamentos em 2014. Ainda que seja expressivo, o resultado é o mais baixo desde 2007 e traduz queda de 16% em relação a 2013.
Já o emprego formal, nos cerca de 20,6 mil estabelecimentos gráficos brasileiros, somou 216.253 postos em outubro passado, o que representa queda acumulada de 0,9% em relação a 2013. As maiores baixas estão nos segmentos editorial (-3,1%) e de pré-impressão (-2,6%). Houve diminuição de vagas em todas as regiões. No Sudeste, a indústria gráfica fechou 1.472 postos, seguida de Nordeste (-249 vagas), Sul (-105), Norte (-85) e Centro-Oeste (-34). “A perda de massa salarial embarcada nessas quedas é alta, pois o setor tradicionalmente paga altos salários e prescinde de mão de obra especializada”, alerta Ceregato.
Os itens gráficos mais importados foram os do segmento editorial (livros e revistas), com participação de 36%, seguidos de embalagens (23%) e cartões (19%). A China foi a principal fornecedora tanto da impressão de produtos editoriais (28% do total) quanto de embalagens (38%).
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