Brasileiro prefere impressos a mídias eletrônicas
15/10/2014 00:56
Divulgação/Sindigraf-SP
Os resultados da pesquisa Opinião sobre a Comunicação Impressa, divulgados nesta terça-feira (14/10), pelo Sindigraf-SP, revelaram que o brasileiro prefere ler e guardar seus documentos em papel a armazená-los em mídias eletrônicas. O estudo, que tem abrangência nacional, faz parte da campanha Two Sides Brasil, para valorização do produto gráfico, e foi desenvolvido juntamente ao Instituto Datafolha.
A pesquisa é a primeira do gênero no país e está vinculada à Two Sides Brasil, maior campanha mundial em favor da comunicação impressa e que objetiva informar e difundir sua sustentabilidade. Para o desenvolvimento da análise, foram entrevistadas 2.074 pessoas acima de 16 anos, em 135 municípios. O instituto afirma que essa amostra garante um nível de confiabilidade de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Os dados apontam que a maior preferência da população é por livros (59%), seguida por revistas (56%) e cartas em papel (55%). Já 48% dos leitores de jornal preferem o meio eletrônico e 46% são pró-impresso. Ainda assim, 80% deles afirma que ler em papel é mais agradável do que ler em uma tela. “O brasileiro prefere fazer suas leituras e comunicações em papel e também confia mais nessa mídia para conservar seus documentos importantes”, constata o presidente do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mortara.
Conforme o estudo, a percepção do meio eletrônico como mídia mais sustentável ocorre com maior frequência entre a população jovem (16 a 34 anos), com ensino superior e pertencente às classes A e B. Apesar disso, 95% se mostram a favor do papel, e evidenciam a importância da renovação de florestas para conter o aquecimento global e da reciclagem como característica de produtos sustentáveis. Para 89% dos entrevistados, a extensão de áreas florestais diminuiu no país nos últimos 50 anos, mas a indústria de papel e celulose não figura entre as três atividades mais relacionadas a essa perda.
Na opinião de Mortara, a amostra confirmou também a necessidade de investir em uma campanha sustentável e informar melhor o consumidor: “Apenas 20% dos entrevistados já tinham visto alguma propaganda sobre a sustentabilidade do papel e da comunicação impressa. É fácil inferir que faltam informações confiáveis”, afirma.
Patrocinadores
