Tradicionais publicações investem em novos mercados
20/03/2013 13:52
Com a necessidade de adequação às ferramentas de convergência digital, diversos impressos estão investindo em plataformas online para atrair novos leitores. Um dos mais antigos jornais do mundo, o inglês Financial Times completou 125 anos em fevereiro, mantendo a versão original em papel. Caracterizada pela cor salmão e com leitores de renome, como Barack Obama, a publicação enfrentou crises internas desde o pós-guerra. Em 2007, o periódico se reinventou, passando a publicar suas edições também na internet. Para isso, adotou um sistema de paywall, que permite o acesso às reportagens de forma gratuita, porém, limitada.
Atualmente, as assinaturas digitais já superam a circulação impressa. São 312 mil cadastros contra 275 mil cópias do noticiário em papel - somando as tiragens do periódico na Ásia, Oriente Médio, Europa, Estados Unidos e Reino Unido. Conforme o autor do livro Os melhores jornais do mundo, Matías M. Molina, o sucesso da investida garante que o Financial Times tenha como foco de investimentos o aumento das assinaturas online, disponibilizando conteúdo pago. O jornalista acrescenta que "no futuro, a marca do ‘FT' de jornalismo somente poderá crescer se se adaptar às demandas dos leitores, tanto na versão digital como na impressa".
Conteúdo só na internet
Outros veículos de comunicação, porém, vêm optando em disponibilizar o seu conteúdo de notícias apenas na internet, deixando suas versões impressas para trás. Desde o início deste ano, a revista semanal Newsweek, dos Estados Unidos, está disponível somente na versão online. Renomeada para Newsweek Global, o nome reflete a mudança da publicação, que passa a ter uma única tiragem para todos os países. Em sua última edição impressa foram veiculadas reportagens que marcaram a história da revista. Entre elas, a luta pelos direitos civis e o atentado de 11 de setembro.
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