02/05/2012 09:35
Quem nasce em uma família que já tem uma empresa consolidada normalmente é visto como alguém que tem seu futuro profissional garantido. Mas, isso não costuma ser verdade absoluta.
Em alguns casos, essa pessoa tem a necessidade de conhecer seus próprios caminhos, se autoconhecer e traçar uma trajetória particular, mesmo que depois de um período retome os negócios da família.
Um exemplo que mostra bem este tipo de trajetória é o da empresáriaAna Maria Diniz, membro do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar,que participou recentemente doFórum HSM Family Business 2012.
Ela começou sua carreira profissional como trainee e assistente de compras na empresa da família. Ficou fora do Grupo por um período e retornou justamente em um tempo de crise. Junto ao pai participou da reconstrução da empresa, buscou por crédito e veio dela a sugestão para a abertura de capital da empresa.
Ana Maria, que já pensava em se aposentar como executiva do Grupo, teve de mudar de planos quando veio a profissionalização da empresa. Como já tinha experiência em liderança, viu aí a oportunidade de um novo empreendimento e abriu uma consultoria de desenvolvimento em lideranças.
Em seguida veio uma empresa de energia renovável e mais tarde uma escola de dança. De todas as experiências, a empresária tirou várias lições e uma das dicas destaca a importância do autoconhecimento sempre. Ver com clareza onde se é bom e onde não é, faz toda a diferença para as boas escolhas.
Outro exemplo interessante é o deSônia Hess de Souza, que comanda aDudalina S.A,empresa do setor têxtil. Sônia também iniciou a carreira na empresa da família, mas quis experimentar novas oportunidades. Estudou fora do Brasil, se especializou, trabalhou em outras empresas e só mais tarde voltou para expandir os negócios familiares. Toda a experiência que teve fora a ajudou a ter uma visão mais inovadora. Daí vem uma dica importante: às vezes, para enxergar deficiências e possibilidades de mudança, é preciso não estar envolvido na rotina.
Nesses dois casos podemos perceber que algumas pessoas já trazem consigo um DNA empreendedor, mas isso não depende só de vir de uma família de empreendedores. Tanto que alguns só descobrem isso justamente estando fora desse círculo. Grandes empreendedores precisam ter uma visão ampla e saber que não se mede o sucesso apenas pelos lucros.
Talvez por isso mesmo muitos deixem a zona de conforto do negócio familiar. Treinamento, disciplina e percepção devem fazer parte desse novo caminho. Os exemplos mostram. Pode dar certo.
Fonte: Blog HSM
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